Entrevista a um jornal português "SOL"
SANDRA DE CARVALHO DIAS É, AOS 47 ANOS, DIRETORA GERAL DO GRUPO BC EM PORTUGAL. FORMADA EM SOLICITADORIA, A NOSSA ENTREVISTADA TEM VINDO A CONSTRUIR A SUA CARREIRA NA ÁREA FINANCEIRA. HOJE, FALA-NOS DO ATUAL POSICIONAMENTO DO GRUPO BC, EM PORTUGAL E NO MUNDO. SAIBA MAIS, NA ENTREVISTA QUE SE SEGUE.
O Grupo BC é líder na externalização de processos BPO (Business Process Outsourcing). Como surge o Grupo BC e de que forma tem sido traçado o percurso do grupo?
O Grupo BC surge em 1974 em Barcelona, tendo como principal objeto a tramitação de documentos creditícios. Ao longo dos seus quase 44 anos de experiência, o Grupo BC, tem vindo a acrescentar valor dentro da sua atividade através da prestação de serviços diversificados, como a assessoria à contratação de todo o tipo de operações creditícias com e sem garantias reais ou pessoais, gestão e regularização patrimonial, gestão de carteira, recuperação voluntária, apoio ao desinvestimento, regularização de imóveis e, desde 2010, com a prestação de serviços especializados em BPO, soluções digitais e externalização operativa especializada nas diferentes áreas operativas e de serviços. Crescemos com os nossos Clientes. Na Europa estamos presentes em Espanha, Grécia, Itália e Portugal, na América Latina, estamos na Argentina, Colômbia, México e Perú e na América do Sul, estamos no Brasil, mais concretamente em São Paulo.
O SETOR BANCÁRIO EM PORTUGAL
“O setor bancário em Portugal está a conseguir adaptar-se às atuais exigências não só da economia, como também da regulação e da supervisão e ainda de uma Clientela cada vez mais esclarecida e exigente. Temos assistido a alguns obstáculos regulatórios mas a performance da Banca em geral tem vindo a melhorar bastante. Salvo melhor opinião, penso que o setor está bem mais forte e o “homework” está a ser feito. Quanto à concessão de crédito, depois de um período de crescimento alavancado numa clientela com condições efetivas de elegibilidade, tanto ao nível de particulares como de empresas, penso que estaremos a chegar a um período de estabilização muito por conta da convicção de que não se repetirão certos e determinados eventos passados”, refere, como opinião pessoal, a nossa entrevistada.
Qual é, efetivamente, a área de atuação do Grupo BC e quais áreas basilares de trabalho?
A sucursal portuguesa é pequena, assente no modelo business to business (B2B). Desenvolvemos soluções à medida de cada cliente, onde a reengenharia de processos internos e a sua posterior externalização levam a uma melhor e mais eficiente organização entidades. Trabalhamos em áreas operativas “no core”, mas que são muito sensíveis e adoramos. Mantemos um contacto bastante estreito com todos os nossos clientes e tentamos sempre fazer parte da solução. Por vezes, quem está de fora, diagnostica mais rapidamente onde há necessidade de intervir. As nossas áreas basilares são as operações creditícias, todo o seu “life time cycle”, por um lado, e, por outro, o desenvolvimento de soluções de outsourcing, criando modelos de eficiência com custo variável e risco absolutamente mitigado. As nossas palavras de ordem são qualidade, rigor e eficiência.
O Grupo BC assume-se como o parceiro ideal para os processos bancários. Quais as razões que tornam o grupo tão fiável?
Pensamos que, logo à partida, 44 anos de existência e sempre com bons resultados, são um bom cartão-de-visita, não acha? Obviamente que o que nos leva a ser tão fiáveis são os nossos pilares de construção e sustentação da solidez do Grupo: O primeiro, sempre as pessoas. Somos cerca de 3700 por esse mundo fora. O Grupo BC tem um histórico de quase 44 anos em que as pessoas sempre fizeram a diferença. Existe um espirito coletivo do “fazer parte da solução”. Modéstia à parte, somos pessoas com grandes horizontes, polivalência e um insaciável espirito de learn every day. Outro dos nossos grandes pilares são os nossos valores pois, apesar das variadas conjunturas, nacionais e internacionais, mantemos sempre o mesmo rigor, ética, transparência e qualidade de serviço, a nossa qualidade não é negociável e é o que nos distingue; O nosso know-how evolutivo é outro pilar de sustentação, a nossa formação, escuta ativa sobre o Clientes faz com que estejamos sempre do lado da solução, e por último, a segurança que damos aos nossos Clientes, nos serviços que prestamos. Não se trata apenas de ter bons seguros de responsabilidade civil, mas sim ter equipas absolutamente preparadas e adequadas, o que permite trabalhar em segurança.
Tendo em conta o mercado onde operam, a qualidade e a proteção de dados são pilares basilares, De que forma conseguem garantir a máxima qualidade e fiabilidade aos vossos clientes?
Como já frisei anteriormente, destacamo-nos pela qualidade dos nossos serviços e obviamente que um Grupo da nossa dimensão tem regras de corporate governance y compliance muito bem definidas, ainda mais quando estamos a falar de um Grupo que opera de forma intercontinental, que cresce a várias velocidades e que tem diversas formas de operar consoante a sua geografia. Os temas da proteção de dados dados, cyber security e IT para nós não são tema. Estávamos perfeitamente preparados para receber as alterações do novo RGPD pois já cumpríamos o anterior. Criámos até a nossa própria empresa para nos dar esses serviços e as soluções digitais que necessitamos e que vamos desenvolvendo à medida de cada Cliente, a BC Digital Services.
Como analisa as relações entre Portugal e Espanha? Existe, efetivamente, uma amizade que propicia negócios
Claro que sim! Existe muita vontade de ambas as partes de fazer negócios nas mais diversas áreas. Além disso, existem muitas empresas espanholas estabelecidas em Portugal e vice-versa, não podemos é querer comparar números pois temos sempre de pensar a realidade da nossa dimensão. Mas estamos inclusivamente a assistir a decisões, quanto a mim, históricas, de em certas áreas de retalho estarmos a importar juntos. O poder de negociação que ganhamos quando juntamos os dois países é brutal. Não é só o multiplicador, é também o que cada país aporta de valor.
Qual o papel desempenhado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola e como o analisa?
Desde que o Grupo BC se instalou em Portugal que é sócio da Câmara. Desde logo, o papel da receção às pessoas e às empresas, orientando-as e apoiando-as no que for necessário. Mesmo antes de virem para Portugal muitas empresas e muitos profissionais procuram a Câmara para terem orientação e aconselhamento. Desde que faço parte dos corpos sociais da Câmara, tenho sido testemunha ocular das enormes sinergias criadas entre os nossos países, sendo que, a Câmara de Comércio tem um papel fundamental na divulgação bilateral do tecido empresarial e obviamente na promoção do encontro certo, entre investidores e empresas, entre pessoas e empresas, fazendo tudo o que está ao seu alcance para apoiar, divulgar e facilitar a vida de quem a procura. É também brilhante no seu papel agregador, veja-se por exemplo, pelos almoços de empresários que são promovidos pela Câmara, onde sempre há lista de espera. O trabalho feito pelo seu staff e principalmente pelo seu Presidente é notável.
No futuro, o que podemos esperar do Grupo BC em Portugal?
Continuar a crescer com qualidade. A digitalização é palavra de ordem, temos estado a evoluir muito nesse sentido mas também não podemos enlouquecer e achar que agora tudo é à distância de um click, pelo menos imperativa e regulatória, no nosso setor de atividade, não é, mas é fantástico ver como podemos digitalizar cerca de 90% dum certo processo, cumprindo todas as imposições legais, regulatórias e de compliance e ver um resultado de qualidade.
GRUPO BC EM PORTUGAL
O Grupo BC é líder na externalização de processos de BPO (Business Process Outsourcing), é de origem espanhola, mais concretamente, nasce em Barcelona em 1974, opera em Portugal desde 2003, sendo que a sua atividade começa a ser mais concreta em 2005. Os setores da Banca e dos Fundos são os nossos principais clientes. Em Portugal temos três escritórios, dois em Lisboa e um no Porto onde centralizamos as equipas de backoffice. A equipa do Grupo BC Portugal é constituída por cerca de 150 profissionais, entre empregados e prestadores de serviços, com formação em distintas áreas (direito, solicitadoria, gestão, economia e finanças, IFB,) cobrindo todo o território nacional.